terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O Cálice do Altruísmo


... Lá estava Jesus, antes de ser crucificado, quando orou dizendo: "Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade."  (Mateus 26 : 42)

Imagine se Jesus neste momento tivesse pensado apenas em si mesmo, e eu afirmo que ele pensou em si, tanto é verdade que ele disse: "... Sem eu o beber..." porém a sua oração não terminou aí!
Jesus continuou  a orar e disse mais: "...faça-se a tua vontade.". 


Logo percebemos que embora ele tenha vislumbrado o seu próprio sofrimento; o que o levou a pedir livramento daquela cruz, ele não pensou apenas em si mesmo.
Ele pensou no Pai, e em sua vontade, ele pensou na humanidade.

Talvez se Jesus pensasse como muitos de nós ele argumentaria com o pai dizendo: " Mas eu sou o filho de Deus altíssimo, não vou me sujeitar a isso, ainda mais por gente que merece a morte, e mesmo pelos justos não vou morrer! O SENHOR que faça justiça por eles."


Mas Jesus foi obediente ao pai, e obediente até a morte como diz o texto : "E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."  (Filipenses 2 : 8), e além desta Jesus deu outra lição nesta oração, uma lição de Altruísmo.


A lição de altruísmo dada por Jesus na cruz quase não é falada.


Quase sempre quando se fala em altruísmo, esconde-se alguma segunda intenção, algum retorno, alguma benção em recompensa, nem que seja um abatimento no imposto de renda. Quase não se fala mais fazer o bem apenas por amor ao próximo, fazer sem esperar retorno, até porque; os que precisam de nossa ajuda não podem dar nada em troca, e na verdade ... NEM PRECISAM DAR . Nós é que devemos aprender a dar com a mão direita escondendo a esquerda. "Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;"  (Mateus 6 : 3)


A palavra esmola aqui não é o que deve tomar nossa atenção neste verso, e sim o princípio de Altruísmo por trás dele.

Jesus sabia que a vontade do pai era que ele substituísse o homem na cruz, qual ser humano a fora Cristo, não hesitaria diante desta tarefa?

Quem não pensaria: Perder minha vida para que outros não percam as suas?

Morrer por um monte de pecadores? Morrer por gente que merece a morte?


Ainda que não seja o caso de dar a vida, e que seja o caso de dar ou doar qualquer outro bem, ainda assim é preciso altruísmo para isso, e para tanto é preciso pensar no bem-estar do próximo, e não apenas no próprio.

Há maior exemplo de altruísmo do que o de Cristo ao morrer na cruz pela humanidade ?


Dou preferência a este fato, dadas as proporções e consequências inigualáveis que alcançou.

Jesus entre a morte e o egoísmo, preferiu a morte. Acontece que isso não é apenas para ser lembrado é para servir de exemplo prático para nós que nos julgamos seus seguidores, mas ao invés disso; muitas vezes temos uma grande dificuldade de sermos altruístas, principalmente se tivermos de fazer isto em favor de alguém que a nosso ver não mereça tal benefício.

Daí surge a pergunta: Você merece o que Jesus fez por você?

A bíblia diz: "Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos 5: 6- 8)

Diante disso todo egoísmo deve ceder ao altruísmo, nenhum ser humano merece o que Jesus fez por ele, isso nos ensina a fazer o bem pelo nosso próximo independentemente de seus  méritos, de religião, etnia, condição social, e etc.


A graça que muitos cristãos tem vivido não tem graça nenhuma, é uma gracinha que recebe mas não quer doar, uma graça fajuta gerada em meio aos princípios deturpados do "evangelho moderno", que ensinam os cristãos a fazerem por merecer, e biblicamente a única coisa que realmente fizemos por merecer foi a morte. Leia"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;"  (Romanos 3 : 23)

E mais:  "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor."  (Romanos 6 :23)


A vida eterna por exemplo, é um dom gratuito, trata-se de graça de Deus, e não de méritos humanos.


O que recebemos de Deus, recebemos por graça, mas quando temos de doar, muitas vezes cobramos um alto preço. não devemos ser avarentos e sim justos em todos os nossos procedimentos, ainda que estejamos em uma situação, onde a graça pareça não se aplicar, pois não há lugar ou situação onde a graça de Deus não aplique, afinal estamos debaixo da nova aliança, e não ponto geográfico, pessoa, situação ou obscuridade que não seja penetrada pela graça divina.


Não podemos esquecer que a mesma graça que nos alcançou, alcança também a outros, e que Deus usa pessoas para nos agraciar e também quer usar a nossa vida para manifestar a sua graça a outros. Isso é altruísmo.
Somos instrumentos para continuidade da manifestação da  graça de Deus. 


Deus é o ser mais altruísta que existe, que apesar de sua grandeza se importou com ínfimos seres como nós. Embora não tivesse a menor obrigação de fazê-lo, ele fez por amor. Um amor que não nos torne altruístas está longe de ser o amor de Deus, que é o amor que devemos praticar. 


"Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis."  (João 13 : 34)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Carne ou Gordura ?



De maneira geral o que devemos dar ao SENHOR?  
A maior dificuldade que temos é dar o nosso melhor, o que é bom, mas é dispensável, ou podemos viver sem, isso nos dispomos a dar, não somente a Deus como também a qualquer pessoa. Dar o que vai nos fazer falta, vai fazer diferença para nós, é que é a questão.
Vejamos as ofertas de Caim e Abel, a bíblia diz que Abel ofereceu maior sacrifício do que Caim, muito se fala sobre isso, há quem diga que Abel dava a Deus o melhor e Caim dava o resto, não acredito nisto, a bíblia não diz isto, mas podemos entender melhor esta questão analisando o texto de I Samuel 2:12-17:

“Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao SENHOR.Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua mão;E enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.Também antes de queimarem a gordura vinha o moço do sacerdote, e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque não receberá de ti carne cozida, mas crua. E, dizendo-lhe o homem: Queime-se primeiro a gordura de hoje, e depois toma para ti quanto desejar a tua alma, então ele lhe dizia: Não, agora a hás de dar, e, se não, por força a tomarei.Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR.”

                Fica claro aqui que a gordura deveria ser oferecida ao SENHOR, era o que Deus esperava, era o que ele desejava que fosse oferecido a ele, os sacerdotes poderiam ficar com a carne, mas estes sacerdotes queriam o que era do SENHOR.
                Tendo isso em vista podemos dizer que a oferta de Caim era boa! Ele oferecia como agricultor que era o seu melhor, a sua “carne” em comparação com o texto de I Samuel. Mas Abel oferecia a gordura (Gênesis 4:4), naquela época como nos dias de hoje; um bom pedaço de carne com uma gordurinha já era algo muito desejável. Mas Deus pedia exatamente a gordura, e Abel não a negava ao SENHOR. Enquanto que os filhos de Eli profanavam, o holocausto para roubar a gordura.
                Caim dava ao SENHOR, o que era bom, Abel dava o excelente, dava o que Deus pedia. Não adianta dar a Deus o que eu quero dar, mesmo sabendo que não é o que ele pede, não é o melhor, e esperar que ele receba de bom agrado.
                Deus nos permite ficar com a carne, mas a gordura; é dele, aliás, a carne normalmente está em maior quantidade do que a gordura, e ainda assim muitos querem ficar com a gordura do SENHOR, e às vezes ainda querem as duas coisas.
                O princípio por trás disto é simples, para Deus devemos abrir mão do melhor, nada menos do que isto.
                  As vezes damos a Deus o que queremos dar, e não o que ele quer receber, damos-lhe a carne quando ele pede a gordura. Abraão não argumentou com Deus se ele aceitaria receber seu filho Ismael; com Agar, ao invés de Isaque. Ele apenas obedeceu, ao contrário de muitos de nós que ao receber uma ordem de Deus questionamos, e por muitas vezes temos medo de dar o nosso melhor e ficar sem, pensamos primeiro no que vamos perder, quase nunca pensamos no que o reino de Deus irá ganhar.Sem dúvida com essa postura jamais viveremos o que o patriarca Abraão viveu.
                Vejamos ainda a história de Ana que desesperadamente pedia a Deus um filho, e Deus lhe deu, encerrando-se assim sua esterilidade, mas quando chegou o tempo de devolvê-lo a SENHOR no templo, ela não hesitou e o fez.
                A bíblia diz que Ana o devolveu ao SENHOR! O que era de Deus ela não tomou para si, devolveu ainda que isto lhe fosse muito doloroso, ela mesmo havia prometido que o faria então a partir daquele momento Samuel pertencia ao SENHOR. Aquele menino era a resposta as suas orações, o fim de sua esterilidade, sua honra como mulher, como esposa, podemos imaginar como foi doloroso para ela, ainda assim ela não o negou ao SENHOR.
                E por Ana ter dado ao SENHOR a oferta digna, ele a abençoou com mais cinco filhos! Só experimenta uma benção como esta quem tem coragem de negar o melhor a si mesmo, para não negar o melhor ao SENHOR.
                Porque não falar de Abraão? Deus lhe pediu exatamente o que ele tinha de melhor, o filho pelo qual ele tinha maior amor, e Abraão não o negou Isaque ao SENHOR, por isso voltou do holocausto com o filho e ainda se recebeu a benção de ser o pai de muitas nações. Aquele que antes pedia a Deus um filho, agora se tornava um grande patriarca.
                Sempre que damos a Deus o melhor, ele nos dá até o que não pedimos. Por isso o apóstolo Paulo vai dizer que Deus faz: "...tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera," (Efésios 3: 20)

            Não poderíamos deixar de falar da maior de todas as ofertas, a que foi oferecida por Deus, ele ofereceu ainda mais do que espera de nós, ele ofereceu a carne literalmente e também a “gordura”, pois ele ofereceu a Cristo em sacrifício na cruz, foi o maior de todos os sacrifícios, de todas as ofertas.
            “Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade.Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei).Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus. HEBREUS 10:4-12

            Deus não poupou a seu próprio filho para nos fazer o melhor, também nós não devemos dar a ele menos do que o melhor, e sem esperar nada em troca, pois não se trata de barganha e sim de gratidão, dar a Deus o melhor em gratidão ao que ele fez por nós, e é também uma questão de justiça, pois é justo darmos a ele o que temos de melhor, uma vez que ele fez e faz o melhor por nós, como disse o salmista Davi E disse o rei Davi a Ornã: Não, antes, pelo seu valor, a quero comprar; porque não tomarei o que é teu, para o SENHOR, para que não ofereça holocausto sem custo." (I Crônicas 21: 24)”. Custe o que custar devemos dar a Deus o melhor.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cara e Coroa – A Bondade e a Justiça de Deus

                                                                         


A bondade é uma das características divinas das quais o ser humano mais abusa!
 Muitas pessoas acreditam que não importa o que elas façam de errado; a bondade de Deus irá ser aplicada e tudo ficará bem; como se nada tivesse acontecido.
Muitos chegam a pensar que todo ser humano no fim da vida, irão “para o céu”, serão salvos, alguns dizem que Deus é tão bom que não permitirá que ninguém vá para o inferno, e por isso pecam deliberadamente, outros vivem de uma maneira promíscua, e arrogantemente afirmam que se Deus realmente é Deus, e é bom, então irá perdoar e salvá-las. SIM, ele perdoa mas não livra o homem da conseqüência de seu erro, e isso é justiça, ele não” passa a mão na cabeça” de ninguém, o perdão de Deus é sincero mas não é cego para que justiça não seja feita.

Davi quem o diga Deus lhe perdoou pelo adultério com Bate-Seba, mas não permitiu que a criança crescesse
“Porque, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.
Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol. Então disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR perdoou o teu pecado; não morrerás.Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do SENHOR blasfemem também o filho que te nasceu certamente morrerá. (I Reis 1:9-14)

Há pessoas que falam da bondade de Deus mesmo sem conhecê-lo, não temem a Deus, nem sabem que devem temê-lo, vivem uma vida totalmente desagradável a Deus, da maneira como bem (ou mal) entendem, e pensam que no fim das contas Deus terá de fazer algo bom por elas, como que para provar sua bondade.  LEDO ENGANO!      
                                     
Eu chamo esta situação de “cara e coroa”, há dois lados em uma moeda, e eu diria que a bondade de Deus é um lado de uma moeda, portanto do outro lado eu acredito que está a JUSTIÇA! "Porque o SENHOR é justo, e ama a justiça; o seu rosto olha para os retos." (Salmos 11: 7) .
Essas são características do caráter de Deus, e uma equilibra a outra, não há excessos de bondade ou de justiça, há um perfeito equilíbrio entre todos os traços do caráter divino. A bondade e a justiça divina caminham juntas.
 A bíblia fala muito sobre a bondade de Deus, e também fala sobre a sua justiça, e em alguns versos fala de ambas. A bondade e a justiça de Deus estão intimamente ligadas.

 "Ele ama a justiça e o juízo; a terra está cheia da bondade do SENHOR." (Salmos 33: 5)
"Estende a tua benignidade sobre os que te conhecem, e a tua justiça sobre os retos de coração." (Salmos 36: 10)
"Bom e reto é o SENHOR; por isso ensinará o caminho aos pecadores." (Salmos 25: 8)

Muitos acreditam que por estarmos na nova aliança Deus não pune mais o ser humano por seus erros e pecados, chegam a pensar que; por mais que peque Jesus já pagou pelos pecados deles, portanto saíram ilesos sempre. Tolice! Se Deus não castiga na nova aliança, então como se explica a morte de Ananias e safira após mentirem sobre o dízimo?
(...) Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. (Atos 5:4b-5a)

Há quem pense que se fizerem muitas caridades vida a fora, serão salvos, mas a bíblia deixe claro que obra nenhuma salvará nenhum ser humano. O engraçado é que aqueles que discordam dessa verdade querem que suas obras tenham um grande valor diante de Deus, inclusive a ponto de merecerem a salvação por causa delas, mas não dão o mesmo valor a obra de Cristo na cruz; não aceitam que somente por seu sacrifício é que somos salvos, e insistem em obras meritórias, querendo assim se valerem de sua própria justiça.
“Não bebo, não fumo, não cheiro, é claro que Deus há de ser bom comigo”. Outros dizem: “Se fulano não fez o bem, o mal não fez também”
A bondade e justiça do ser humano em nada aproveitarão para sua salvação, e a bondade de Deus não o impedirá de ser justo salvando então somente os que forem justificados mediante a fé em Cristo Jesus, como ele mesmo determinou nas sagradas escrituras. Deus não desprezaria o valor do sacrifício de seu próprio filho Jesus, para aceitar sacrifícios humanos infinitamente inferiores.

"Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida." (Romanos 5:18)

"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada." (Gálatas 2: 16)

Deus é justo, e a justiça que lhe agrada é aquela que condiz com seu caráter, ele não pensa apenas em si mesmo, ele pensa em nós, e por isso faz justiça por nós. A injustiça humana será punida com o rigor da justiça de Deus.
"O SENHOR faz justiça e juízo a todos os oprimidos." (Salmos 103: 6)

"Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória." (Salmos 112: 9)

Não podemos ignorar este lado da moeda: A Justiça. Ela é tão importante para Deus que João chega a fazer a seguinte afirmação: "Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus." (I João 3: 10) e ainda diz mais
"Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo." (I João 3: 7).

A justiça é um traço do caráter divino, é desejo dele que sejamos justo como ele é. E se somos filhos é justo que obedeçamos ao Pai, ou será justo que sejamos disciplinados por ele.
Não devemos abusar da bondade de Deus, seja em palavras em atitudes, ou em pensamentos, porque por mais que ele nos ame ele não tolera o erro. Ele ama e por isso mesmo castiga, porque ele também ama a justiça. "Ele ama a justiça e o juízo; a terra está cheia da bondade do SENHOR." (Salmos 33: 5)
Portanto a bondade de Deus não o impede de ser justo, e sua justiça não o impede de ser bom.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hermes C. Fernandes: Por que Deus Se esconde de nós?

Hermes C. Fernandes: Por que Deus Se esconde de nós?: Hermes C. Fernandes Quem nunca brincou de esconde-esconde quando criança? Não sei qual era o desafio maior, encontrar quem estava...

sábado, 10 de setembro de 2011

Encarando a Tempestade


MATEUS 14:22-27


Jesus ordenou que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão, logo em seguida ele foi orar. Tempos depois enquanto ele estava no monte o barco com os discípulos já estava em alto-mar sendo açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.

Como explicar que os discípulos obedecendo uma ordem de Jesus, acabaram enfrentando uma grande tempestade em alto-mar, enquanto ele estava só em terra firme ?

Nem sempre uma ordem de Deus poderá ser cumprida sem problemas, é muito provável que enfrentaremos alguma adversidade, mas Deus é o responsável pela missão que dá e a conduz como quer.

Deus não nos chama para fazer em nossa vida tudo o que queremos, mas para atender a propósitos que vão além das nossas vontades.

Nos mandar ao mar, ou para terra firme, faz mais diferença para nós do que para Deus, isso porque ele tem poder sobre todas as coisas, e nós preferimos as coisas que achamos que podemos controlar.

Os discípulos podiam controlar um barco, mas jamais poderiam controlar a tempestade.

Por mais experiência que obtenhamos ao logo de nossa caminhada, sempre haverá algo incerto a nossa frente, isso nos põe em total dependência de Deus, mesmo pisando em terra firme. É óbvio que ninguém quer enfrentar tribulações, principalmente em cumprimento de uma ordem dada por Deus. 
Acontece que as "tempestades" tem sua utilidade, eu diria que elas são necessárias, elas nos molda, nos
prepara para a próxima etapa do propósito no qual estamos inseridos.

Os ventos contrários são um teste de resistência para nós. Muitos caem perante o vento por acharem que se algo está dando errado é porque Deus não está naquilo. Ora, se você " entrou no barco e foi para o mar" em obediência a Deus e se mantém assim, qualquer coisa que te faça retroceder nisso pode ser considerada um vento contrário.
O que o vento faz no mar é levantar as ondas para que elas levem de volta a praia aquele que se atreveu a navegar entre elas, o que Jesus faz no mar é dar as mãos a quem ao lhe obedecer se atreve a atravessá-lo. 

Repare neste texto que Jesus não fala em "abortar a missão", ou voltar a praia de onde saíram, ele apenas ordenou que o vento se acalma-se.Havia um lugar para que eles chegassem,há um propósito para se cumprir em sua vida, e quando você se atreve obedecer e ir de encontro a este propósito, o vento vem para tentar lhe fazer desistir. Mas quem crê em Deus não depende do vento estar a seu favor, pois o Senhor pode para o vento quando quiser.
Ele não apenas dá a missão como também é a garantia de seu cumprimento, segundo a sua vontade, seus planos, que podem ser diferentes dos nossos.Isso não faz com que o mar seja tranquilo todo o tempo, mas trás a segurança de que não morreremos na praia pois a há alguém cuidando de tudo.

Muitas vezes obedecer a voz de Deus é de certa maneira se lançar ao incerto, o que é perturbador, mas isso também nos  impele a buscar mais a Deus, até que cheguemos ao ponto de desejar aquilo que antes mais do que incerto parecia impossível, e até causasse medo.

Repare em Pedro quando ao ver Jesus andando sobre as águas, lhe pediu para ir ao seu encontro, num momento ele estava com medo como os demais, ao olhar para fora do barco e ver o mestre, ele sentiu a coragem necessária para sair do barco e viver o milagre de ser o único homem além de Cristo a andar sobre as águas.

As vezes gastamos tempo demais dentro do barco sendo açoitado enquanto Jesus etá do lado de fora.

A tempestade como já falamos representa as adversidades da vida, já o barco aponta para tudo aquilo que nos cerca e que de alguma forma nos proporciona alguma segurança, o mar é o caminho que há entre nós e o propósito de Deus pra nós.

Pedro nem esperou Jesus subir ao barco e nem acalmar o vento, mesmo no escuro e sem ver claramente quem era que se aproximava, ele sabia que se realmente fosse o Cristo, tinha poder poder para levá-lo ao seu encontro por sobre o mar, e assim foi, até que sentindo o vento forte duvidou que pudesse permanecer de pé sobre as águas.

Aprendemos aqui que mesmo sob as ordens de Deus nem sempre tudo sai conforme o esperado, e não porque Deus queira, e sim porque nas horas mais importantes acabamos duvidando, mas isto não compromete os planos de Deus. Jesus deu as mãos a Pedro e o trouxe a tona novamente.

As vezes é disso que precisamos, voltar a tona! Voltar a ver e ouvir Jesus durante a tempestade.

O milagre que Deus quer fazer na nossa vida nem sempre está dentro das circunstâncias normais, no lugar comum, na zona de conforto, as vezes é preciso se submeter ao risco das tempestades, e até mesmo sair do barco. 
Precisamos aprender o que é estar seguro mesmo sobre as águas, e isso só se aprende andando sobre elas, e por sua vez isso só é possível quando ao comando de Cristo saímos do barco.

Quando os discípulos chegaram ao outro lado do mar, ainda que passassem por alguma outra adversidade, a enfrentariam de uma maneira diferente, afinal quem vive uma experiência como a que eles viveram nunca mais é o mesmo.

Esse é o problema! 

As vezes muita coisas não mudam na nossa vida porque não mudamos também.
E se somos sempre os mesmos é bem provável que faremos sempre as mesmas coisas, portanto porque deveríamos esperar resultados diferentes?

Jesus poderia ter ido com os discípulos mas não fez, Deus permitiu que eles adquirissem aquela experiência. Deus usa a tempestade para nos tirar de dentro do barco nos levando a ter um encontro com ele sob as águas. Para nós o barco é mais seguro, mas pode não ser o lugar onde quer ter um encontro conosco, as vezes é preciso sair ao ao mar para descobrimos e vivermos o que Deus tem para nós.

domingo, 26 de junho de 2011

A espada de Deus está ao seu favor ou contra você?



Quando o Senhor se torna adversário de um profeta.
Números 22, 24

                Lá estava Balaão junto ao rio Eufrates quando mensageiros enviados por Balaque rei dos moabitas; rogaram-lhe segundo as palavras de seu rei, que Balaão fosse com eles para amaldiçoar o povo de Israel que vinha do Egito e era muito numeroso e acampara defronte de as suas terras causando medo em todo o povo. Balaque acreditava que como profeta o que Balaão amaldiçoasse seria amaldiçoado, e o que Balaão abençoasse seria abençoado, então desejou que Balaão profetizasse em seu favor e dos moabitas para que guerreassem contra os Israelitas e vencessem esta guerra. E enviou insistentemente mensageiros para trazerem Balaão ao seu encontro.
                Balaque comprometeu-se a honrá-lo grandemente, e Balaão recusou a oferta mesmo que esta fosse a casa do rei cheia de prata e ouro, e consultando ao SENHOR sobre o que fazer, a ordem foi para Balaão ir com os mensageiros caso eles voltassem para chamá-lo, e pela manhã Balaão foi com eles.
                Bem... Este texto mostra no verso 22 que a ira do SENHOR se acendeu contra Balaão por que ele se foi, mas o SENHOR no verso 20 não o tinha mandado ir com os mensageiros no caso deles voltarem para chamá-lo? Então porque a ira do SENHOR se acendeu contra ele?
                No verso 9 Deus pergunta a Balaão quem era aquele povo que estava com ele, que eram os moabitas, apesar de ter perguntado Deus já sabia a resposta, ele sempre sabe! E no caso de Balaão Deus sabia inclusive qual o propósito de seu coração ao sair com sua jumenta naquela manhã ao encontro do rei dos moabitas.
                Ora O Anjo do SENHOR, (Repare o artigo definido “O”, repare também que aqui anjo está escrito com “A” maiúsculo) saiu contra Balaão. 
              No verso 32 O Anjo diz para Balaão: "Saí como teu adversário porque o teu caminho é perverso diante de mim. Como profeta era diante de Deus que Balaão andava".

                   Um anjo não poderia fazer tal declaração a não ser que fosse o próprio Cristo, mas nesta ocasião manifesto como um anjo (Teofania) por não ser ainda o tempo de sua manifestação corpórea humana .

      Será que a intenção do coração do profeta naquele momento era das melhores? Será que ele pretendia fazer e falar somente o que Deus lhe ordenasse, como fora advertido? 
      Não! Balaão estava determinado a desobedecer a Deus, do contrário, O Anjo do SENHOR não teria ido contra ele com uma espada desembainhada.
                A essas alturas a honra que Balaque oferecera a Balaão já o tinha seduzido, ele cavalgou sua jumenta para buscar esta honra, e o SENHOR viu. Que honra o homem pode nos dar que Deus também não possa e ainda maior? Balaão que no verso 18 disse que não poderia traspassar o mandado do SENHOR, agora estava de frente com o próprio Cristo, tendo que se explicar, pois a espada do SENHOR estava contra Balaão.

                  Qualquer um pode se sentir tentado com uma “proposta indecente” sentir-se tentado não é pecado, e sim sucumbir a esta proposta, e quando isto acontece pessoas, profetas, se vendem, traem a confiança do SENHOR, profetizam e pregam o que as pessoas querem ouvir e não o que Deus manda, adulteram os princípios do reino, do evangelho para manter a igreja cheia, para manter os políticos a favor da igreja, o fato é que quando se fala em favor dos interesses da população e dos poderosos, os resultados chegam, as “honras de Balaque chegam”, há quem realmente se engane acreditando que isso é Deus abençoando a “profetada” .

Qual ser humano poderia suportar a espada do SENHOR? A igreja de Cristo precisa ter autoridade profética neste mundo, em todas as esferas da sociedade, mas para isso precisa estar isenta de qualquer corrupção, o cristão precisa ser boca de Deus para falar o que Deus mandar, do contrário a qualquer momento ele pode ser surpreendido pelo caminho pela espada do SENHOR desembainhado, contra ele.

Tem idéia do que é ter O Anjo do SENHOR como seu adversário? Se o homem cair nas mãos do homem; Deus o livra. Se cair nas mãos de satanás Deus o livra. Mas se cair nas mãos de Deus quem o livrará? A Bíblia diz que ninguém pode livrar como o SENHOR. Então também podemos dizer que ninguém pode nos livrar das mãos do SENHOR quando a sua ira se acende contra nós.

Só a confissão e o arrependimento sincero de Balaão, o livraram da espada do SENHOR, após isso Balaão teve a chance de continuar profetizando em nome de Deus, e pode se declarar homem de olhos abertos e que ouve os ditos do altíssimo. Você pode dizer o mesmo?

Após abençoar a Israel por três vezes,foi  a ira de Balaque que se acendeu contra Balaão. É isso que muitos líderes evangélicos querem evitar: A “ira de Balaque”, a ira dos fiéis, preferem passar a mão na cabeça, massagear o ego das pessoas, fazer vista grossa, para não perderem dizimistas, não perderem aquele fiel influente na comunidade, e deixam de ouvir e falar os ditos do SENHOR, e com isso causam a sua ira e trazem para si a sua espada.

No capítulo 24 verso 12 Balaão repetiu para Balaque suas palavras que não poderia traspassar o mandado do SENHOR, e mesmo que ele estivesse a caminho para tentar fazê-lo, a fim de receber as honras do rei dos moabitas, o próprio Balaque percebeu que Deus privou Balaão delas, mas Deus lhe deu honra maior : Profetizar o nascimento do Rei dos reis.

Abrindo a boca para falar o que Deus não te mandou falar, interessado em honras humanas, você pode estar abrindo mão de grandes honras da parte de Deus para sua vida, você poderá estar entrando na pior das batalhas: Lutar contra a espada do SENHOR.
Tenha o SENHOR em seu caminho, mas não como seu adversário, tenha a espada do SENHOR a seu favor e não contra você, só fale e faça o que Deus lhe ordenar. É melhor enfrentar a ira do homem, a ira do rei, a ira de satanás, do que enfrentar a ira de Deus.

Pr. Edmilson P. Fernandes

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cadê os Méritos da Jumenta?


Números 22:21-41

Para quem acha que Deus usa o homem de acordo com seus méritos, eis a pergunta: Que méritos tinha a mula que Deus usou para falar com Balaão?
Geralmente o homem busca em si mesmo motivos para ser usado por Deus, algo que o faça digno de ser um grande profeta, pastor ou algo do tipo, e por isso faz grandes ofertas, pensa que por ter entregado o dízimo; Deus está obrigado a falar em seus lábios, muitos fazem sacrifícios tolos, jejuam a ponto de prejudicar a própria saúde, para depois apresentarem isso a Deus como se tal coisa pudesse constrangê-lo em seu favor.
Tudo que fazemos para Deus deve ser por gratidão, e não para exigir algo em troca, infelizmente isso é uma prática em nossos dias: Fazer para receber, ao invés de fazer para agradecer.
A graça de Deus é a única causa de sermos usados por Ele, é claro que devemos viver uma vida de santidade, de devoção e de amor a Deus, porém sem querer me valer disto para exigir que Deus me use, me usando ou não, viver corretamente diante de Deus é um dever cristão, e se por sua graça Deus desejar me usar eu Bem-Aventurado o homem que sou, mas nunca merecedor. Santidade é uma questão de dever e não de mérito. E se deixarmos de viver uma vida de santidade de amor ao reino de Deus por saber que isso não credita méritos, estaremos mostrando que até então tudo o que fizemos foi para ter méritos e não por amor ao reino de Deus.
Muitos se valem da forma com Deus lhes usa para se imporem diante de outras pessoas, se passarem por melhores que elas, quando na verdade não são, o fato de termos um grande ministério não faz melhores do que ninguém, mas nos faz servos de todos.
Só é alvo da graça quem está debaixo dela, aquele que reconhece que não tem mérito algum diante de Deus, que é totalmente dependente dele. Ou você vale da graça e de Deus ou está por sua conta, por conta de seus méritos que jamais vão te tornar digno de ser usado por Deus, a não ser que Ele por si mesmo queira fazê-lo.
Há quem diga: Deus me usa porque sabe que sou fiel, temente, correto. Ledo engano, Deus o usa por graça, para abençoar outras vidas, e não como um fim em si mesmo. A graça de Deus nos torna todos iguais, nos nivela, Deus tem um filho primogênito, e não filhos prediletos. Se há alguém que tem méritos diante de Deus esse é Jesus Cristo, todo mérito que poderia ser obtido por alguém perante Deus está em nele, e é por isso que tudo que pedimos ao pai; pedimos em nome de seu filho Jesus. Se nossos méritos servissem para Deus oraríamos ao pai em nosso próprio nome e tudo seria feito.
Você imagina aquela jumenta apresentando seus méritos a Deus? Você acredita ter algum mérito diante de Deus que o obrigue a usá-lo, alguma coisa que você tenha feito que leve Deus a ter que retribuir alguma coisa a você? Nossas boas obras para Deus ou para o nosso próximo não torna Deus nosso devedor.
Inverta a ordem não faça para receber, faça para agradecer. Deus não espera encontrar méritos em nós, e sim gratidão pela graça dispensada na cruz a todos nós.

Pr. Edmilson P. Fernandes

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Para toda justificativa do homem Deus tem uma saída

      
       Você costuma para tudo ter uma justificativa? Repare que sempre temos uma justificativa quando somos cobrados, quando as coisas não saem conforme o planejado, principalmente quando somos a vítima, e às vezes usamos as circunstâncias para nos fazermos de vítimas.
Vejamos o que a Bíblia nos mostra sobre isso:

1.     Sara justificou-se com sua já avançada idade, e Deus ainda assim lhe concedeu Isaque.
Gênesis 18.13-14 Disse o SENHOR a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha? Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.

2.     Jeremias justificou-se dizendo que “não sabia falar” Deus então lhe mandou falar, pois ele mesmo colocaria palavras em seus lábios.
Jeremias 1.6-8 Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.

3.     Neemias tinha o desejo de reerguer os muros de Jerusalém, mas não tinha os recursos, então Deus usou o rei para lhe conceder todos os recursos necessários.
Neemias. 2.7-8 E ainda disse ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do Eufrates, para que me permitam passar e entrar em Judá, como também carta para Asafe, guarda das matas do rei, para que me dê madeira para as vigas das portas da cidadela do templo, para os muros da cidade e para a casa em que deverei alojar-me. E o rei mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo.

Às vezes o homem apresenta para Deus justificativas mentirosas, e outras vezes verdadeiras. Davi era bem menor do que Golias, e não tinha nenhuma habilidade em guerra, estas justificativas eram verdadeiras, entretanto ele não ficou preso a elas. Muitos fazem de suas justificativas verdadeiras, a razão de não avançarem, multiplicam a força de suas limitações, muitas vezes o homem usa as suas fraquezas e características pessoais, para justificarem seus braços cruzados, sua preguiça, sua falta de êxito em qualquer aspecto de sua vida, e se conformam com isso, alguns chegam a pensar que nasceram mesmo para sofrer e que foi Deus quem determinou assim.

I Samuel 17.33  Porém Saul disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade.
Davi acreditou que Deus lhe daria a saída, mesmo com suas características inferiores as de Golias, e Deus lhe deu, Davi não se fez de vítima das circunstancias ou do destino, ele acreditou em Deus em não nas impossibilidades.

Deus mostra a saída nem que seja no último instante, mesmo diante da morte, Lázaro estava morto havia quatro dias, mesmo assim Jesus o ressuscitou.
João 11.41-44   Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro vem para fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.

Abraão não tinha cordeiro para sacrificar, Deus então fez com que surgisse um cordeiro do nada.
Gênesis 22.13   Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho
O homem não tem a menor condição de justificar a si mesmo! A raça humana merecia a morte por seus pecados, mas Deus teve uma saída para isso também, não há nada que deixe Deus em uma situação difícil. Deus enviou Jesus, o cordeiro, Jesus, simbolizado no cordeiro que foi dado a Abraão; para redimir a criação, para que o homem fosse perdoado por Deus, e tivesse vida. A cruz de Cristo foi a “saída” para toda a humanidade.

Pegue suas justificativas por mais verdadeiras que sejam, e pregue-as na cruz.Ele as cravou lá, (Cl 2:14) deixe-as lá.

Foi por causa dessas justificativas verdadeiras e até pelas falsas que Jesus morreu, não torne o sacrifício de Cristo vão na sua vida, não fique aprisionado em justificativas, como se elas fossem um obstáculo para Deus, veja estas justificativas como cicatrizes, marcas da sua condição humana, mas saiba que as feridas já foram curadas, e com o tempo até as cicatrizes desaparecem.

Quando Cristo ressuscitou, ela já não tinha nenhuma cicatriz de sua crucificação, apenas as cicatrizes causadas pelos pregos, que ele mesmo quis manter para que o homem se lembre do que ele fez.
Quanto as suas cicatrizes, só preserve a lembrança da cruz em você, nenhuma outra.
Não se justifique para Deus, sinta-se justificado nele.
Para toda justificativa do homem Deus tem uma saída... A Cruz!

Pr. Edmilson P. Fernandes

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quais são os Direitos de Deus ?

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Num rápido apanhado do livro de Jó percebemos algo que muitas vezes na vida nós também fazemos BARGANHAR COM DEUS! Basta percebermos que as coisas não vão bem que começamos a nos lembrar e a lembrar a Deus nossas boas ações, nosso bom caráter, e como somos cristãos exemplares.
Após Jó se queixar de seu sofrimento, Deus fala com ele, em meio a tantas lamúrias, Deus com sua grande misericórdia se fazer ouvir por Jó, que apresentou para Deus todo o seu gabarito, suas virtudes, e que na verdade já eram conhecidas por Ele.
Deus não provou a Jó porque era um servo mal, pelo contrário, Deus mostrou a satanás como Jó era um homem reto, integro temente a Deus e que se desviava do mal (Jó1:1-12). Entretanto se Deus o provou sabia que ainda havia coisas que Jó só aprenderia por meio do sofrimento. Existem lições que não aprenderemos se não for por meio do sofrimento, inclusive a não barganhar com Deus.
Durante o sofrimento Jó falava como se Deus não tivesse direito de permitir que ele sofresse. Jó passou a achar que Deus tinha que levar em consideração suas boas obras antes de tomar qualquer atitude em relação a ele. Uma coisa é não aceitar o que satanás está fazendo, outra coisa é não aceitar o que Deus está fazendo, e neste caso se Deus quiser pode até mesmo usar satanás como instrumento de sua vontade. Quem disse que Deus só usa cristão?
Deus não está obrigado a ninguém por causa de nada, Ele não se torna nosso devedor pelo fato de termos trabalhado a vida toda pelo seu reino, não podemos servi-lo esperando algo em troca, ou deixar isso guardado como uma “carta na manga” aguardando um momento mais crítico para usá-la.
Quando cobramos algo a Deus por causa do que já fizemos por ele, pela igreja, pelo próximo, entre outros argumentos, mostramos que fizemos com a motivação errada, com a intenção de na primeira oportunidade lançarmos em sua face como somos bons servos, isso reprova qualquer boa obra que qualquer pessoa tenha feito.
O fato de sermos bons cristãos não nos dá o direito de acusar de Deus injusto, de imperfeito, que é o que fazemos quando consideramos que Ele errou em nos provar, nos tirando um ente querido, nos tirando o emprego, ou permitindo um problema de saúde. Nossa conduta cristã deve ser um prazer, e não uma moeda a ser usada para comprar bênçãos em uma espécie de “armazém celestial”.
Se alguém não recebe a benção tão esperada já começa a duvidar se está valendo a pena crer em Deus, servir a Deus, entregar o dízimo, ofertar, fazer votos, e doar ofertas alçadas. Há quem troque de igreja como quem troca de roupa, tentando encontrar o que? Outro Deus? Outra palavra? Uma que esconda a verdade, mas acaricie o ego?
Jó se achou no direito de contender com Deus (Jó 7:1-21), e muitos hoje em dia acreditam que podem colocar Deus contra a parede, só porque passaram todo o mês sem pecar.
A verdade é que quanto mais somos provados, mais precisamos ser, porque as provações nos aperfeiçoam, e para não nos tornarmos arrogantes; na pretensão da perfeição, precisamos tão logo ser novamente provados, haja vista que Jó reunia boas qualidades, mas, nem por isso Deus deixou de prová-lo.
Depois de ouvir todo o queixume de Jó, Deus toma a palavra e mostra a Jó quem é que realmente pode dizer que fez, e aconteceu. Diante de todas as grandes obras relatadas por Deus (Jó 39:1-30) Jó se vê insignificante, e percebe que todo seu gabarito apresentado para Deus, não era nada.
Jó reconhecendo-se indigno (Jó 40:1-2) arrepende-se de suas palavras, de sua barganha, e põe-se no seu lugar, antes ele tivesse ficado calado. Jó chegou a dizer: " Deus me deu e ele mesmo tomou". É ele tem o direito !
Não podemos anular o juízo de Deus, nem com barganhas, nem com lágrimas, nem com reclamações, o que Ele decide é o que se fará mesmo contra nossa vontade. Nessas horas o que devemos fazer é aprender a confiar em Deus no sofrimento, e não apenas confiar para que ele não chegue o sofrimento, pois este muitas vezes nos impede de ouvir a voz de Deus, e isso porque focamos o sofrimento em si, mas se focarmos o porquê ouviremos a voz de Deus a nos ensinar alguma nova lição, a fim de que sejamos melhores a cada dia para o louvor de sua glória.
Pr. Edmilson P. Fernandes

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hermes C. Fernandes: Carta Aberta do Rei Momo às Igrejas


Hermes C. Fernandes: Carta Aberta do Rei Momo às Igrejas:


Gostaria de expressar minha gratidão por deixarem a cidade inteiramente entregue ao meu reinado. Acho que refugiar-se num retiro foi a melhor coisa que vocês poderiam fazer durante o período carnavalesco.

Estou muito à vontade. Não se preocupem com as almas perdidas, eu cuidarei de cada uma delas pessoalmente, garantindo-lhes muita folia, seguida de tristeza sem fim. Confetes sucedidos de cinzas, fantasias em vez de vestes de louvor, espírito abatido em vez de alegria perene.

Eu deveria condecorar vocês! Seus pastores são meus heróis. O que seria do carnaval se vocês continuassem por aqui, nos importunando, com suas igrejas abertas para receber meus súditos? Prefiro vê-las com as portas fechadas... assim, pelo menos, tenho a cidade inteira ao meu dispor.

Desejo que vocês se divirtam durante o retiro. Ouço dizer que alguns de vocês aproveitam para aprontar as suas... Já até liberei alguns enviados especiais para garantir certa medida de libertinagem lá.

Meninos... comportem-se! Ou pelo menos, finjam isso.

Às vezes penso que a diferença entre meus súditos e eles é que meus súditos tiram as máscaras durante o carnaval, eles não.

Parabenizem seus líderes! Muitos deles me desdenham, mas servem ao meu primo Mamom. Ou vocês nunca pararam pra pensar que é mais barato pular carnaval do que pagar por um retiro desses?

Ah... já ia me esquecendo. Agradeço também àqueles que montaram seus próprios blocos, segundo eles, com o propósito de evangelizar durante a minha festa. Bobos esses meninos! Eles têm mais de trezentos dias do ano para isso, mas preferem colocar o bloco na rua justamente quando ninguém está disposto a ouvi-los. Muitos deles aproveitam a boa justificativa pra matar saudade do mundo...

Tem uns chatos aqui que insistem em manter a igreja aberta, e ficam de plantão para atender aos foliões... Quem eles pensam que são? Ousam desafiar o meu reinado? Eles caminham pelas avenidas esboçando um olhar misericordioso e um sorriso discreto. Agem como se fossem agentes secretos de outro reino invadindo meu domínio. Preciso tomar cuidado com esses, pois são perigosos, subversivos e extremamente nocivos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Uma Igreja Para Ser Vista

A igreja tem um papel importante na sociedade além da formação religiosa que é o de formar cidadãos melhores para a sociedade e, para o mundo, assim a igreja forma também cidadãos para o reino de Deus.

Além de atuar na formação religiosa do indivíduo, a igreja precisa atuar na formação do caráter, da personalidade, na formação cultural, educativa, dos indivíduos.

A Igreja REINA acredita que a manifestação do reino se Deus se dá através do conhecimento e, da aplicação dos princípios do reino no cotidiano de cada indivíduo em todos os aspectos de sua vida, e em todas as esferas da sociedade.

Um indivíduo que conheça os princípios do reino de Deus, e aplique-os em sua vida diária, torna-se um indivíduo capaz de alterar a realidade em que vive.

O compromisso da igreja é com Deus, entretanto, este compromisso faz com que a igreja se volte para o indivíduo, é uma incoerência alguém que ter compromisso com Deus, e não ter compromisso com o mundo, com a sociedade, e com a comunidade onde vive.

Esta incoerência surge da má compreensão do texto bíblico de  I João 2:15  "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele".
Este texto não ensina a igreja a ter uma postura de descaso, muitos tomam este texto como uma ordem divina para não se envolverem em questões pertinentes a sociedade, a política, e tantas outras. Honestamente acredito no oposto disso, acredito que  João quis nos ensinar a não abraçarmos o mundo como ele está, adotando uma postura de conformação, pelo contrário; ele estava nos ensinando sim a termos uma postura de comprometimento com a transformação deste mundo.

Em ressônancia a isso o apóstolo Paulo afirma em Romanos 8:19  "A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.", o mundo espera isso da igreja, infelizmente muitos cristãos hoje em dia tem abdicado desta responsabilidade, permitindo assim que o mundo tenha porque maldizer da postura da igreja, menosprezá-la, ou deixar de acreditar que ela realmente tenha um papel relevante dentro da sociedade, e do mundo.
Para muitas pessoas a igreja é apenas um lugar que as pessoas procuram quando estão com problemas espirituais, mas não têm a igreja como a principal referência para a construção e a manutenção das sociedades pelo mundo a fora, é pena que isto seja assim, pois a igreja foi levantada por Deus para ser a referência de todas as sociedades como mostra o texto sagrado em  Apocalipse 21.2-3 "Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles".

A capacidade que Deus deu a igreja para transformar é ignorada por muitos que acreditam que a igreja é uma espécie de curso preparatório para chegar ao céu. Vivem se preparando para isso, mas não são capazes de cuidar nem da terra onde vivem.

A mensagem da igreja é de boas novas, isso é O Evangelho, boas novas de Deus para os homens, não uma notícia de iminente fuga deste mundo, mas notícia de restauração da ordem, da criação, da substituição do sistema humano, pela implantação dos princípios que regem o reino de Deus, e isso através da pregação da verdade e do trabalho da igreja.
Não há nada mais subversivo do que a mensagem do reino e da graça de Deus, esta é capaz transformar o indivíduo e, por conseguinte todo o mundo. Seria incoerente acreditar que o evangelho pode transformar a vida de uma pessoa, mas não a de várias pessoas, ou do mundo.

O evangelho que transforma um, transforma todos, o evangelho que transforma uma pessoa; transforma uma família, transforma uma comunidade, uma cidade, uma nação transforma o mundo. O reino de Deus e seus princípios são muito mais poderosos do que nossa vã filosofia já compreende.

Eu Escolhi Amar - Jardim Gramacho